domingo, 27 de janeiro de 2013

Tragedia de Santa Maria..
O que dizer, o que falar??
As palavras ja não fazem mais sentindo, diante de tudo isso que esta acontecendo...
Foram: 245 vidas perdidas, 245 futuros destruídos, 245 famílias com o coração partido e 245 sonhos sem se tornarem realidade."
O que me dói mais, é que os seguranças barraram a saida de pessoas pelo simples fato de não terem pagado a conta... Queria ve-los agora e perguntar: como vc estão se sentido ao saber que: o tempo que vocês barraram a saida é o tempo que pessoas poderiam ter saido ali de dentro e terem se salvado?

E é assim mesmo Brasil? Será que a renda de 245 ingressos ,contas ou coisas do tipo em uma boate vale mais que a vida dessas 245 PESSOAS? É um absurdo!

Aqui estão algumas frases, declarações:

´´mãe de vitima: “nós brigamos ontem, proibi ela de sair mas ela foi mesmo assim e a ultima coisa que ela me falou é q me odiava“´´ chorando
'Um bombeiro pegou o celular de um corpo, e nele havia 104 chamadas perdidas da mãe"
BOMBEIROS: "OS CELULARES NÃO PARAM DE TOCAR NOS BOLSOS DAS PESSOAS MORTAS - SEM PALAVRAS, ISSO DÓI NA GENTE"

#Acho que esse texto, define bem, esse momento :


Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça.

A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta.

Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.

A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.

As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.

Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.

Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.

Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.

Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.

Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.

A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.

Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.

Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.

Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.

As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.

Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.






Nenhum comentário:

Postar um comentário